Capitulo 14 - The way I feel

( Pov Justin )

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- Só mais 4 dias, e eu já estou de volta, ok querido?

- Tá certo, mãe. Tá tudo bem por aqui, pode ficar tranquila. - Falei pela milésima vez, na esperança de que agora ela realmente acreditasse nisso.

- Ok... Assim que puder, te ligo de novo. Tchau filho, te amo.

 E desliguei o celular sem responder o famoso “também te amo, mãe”.

  Minha mãe ainda não havia chegado de viagem, junto com Mandy. Ela só vai voltar daqui a 4 dias, o que de certo modo era bom. Ficar sozinho é bom pra mim.

 Depois de eu ter passado a noite com Selena, acordei um pouco mais cedo do que o esperado, e observei a morena dormindo – agarrada em mim- por alguns minutos, antes de sair da casa dela. Não seria um bom momento, se a mãe dela acordasse e nos visse juntos na cama.

 Vim pra casa, e já me fui me arrumando para ir pro colégio, se não chegaria atrasado.

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– Eu não te vi hoje de manhã! – Disse a morena, quando se sentou ao meu lado na aula de Biologia, do professor Baróli. Sim, ainda éramos duplas.

 A fitei, com um sorriso de lado no rosto. Ela conseguia ficar mais linda, a cada dia que se passava.

– Eu sai cedo. – Respondi, vendo-a sorrir também.

– Por que? Não conseguiu dormir?

– Sua mãe poderia nos pegar, então eu tomei algumas providências para que isso não acontecesse. – Ela riu.

– É, obrigada.

  A aula teve inicio, e o professor sem demora começou a passar a matéria. Não que eu não conseguisse copiar, ou algo do tipo, mas observar a morena fazendo lição era mais interessante.

– Justin... - Ouvi ela sussurrar, enquanto copiava.

– Hnm?

– Você tá me dando muita trela, e a Miley tá vendo! – Virei meu rosto, e vi a loira me encarava fuzilante. Engoli e seco, e fingi estar copiando algo no caderno.

– Desculpa se eu não consigo parar de olhar pra você. – Sussurrei pra morena ao meu lado, vendo ela abrir um sorriso e soltar uma risadinha.

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 Depois da aula de Biologia, eu nem me encontrei mais com Selena. Tivemos o resto das aulas separadas, e eu estava tentando fugir de Miley para não ouvir as reclamações dela sobre o bolo que eu dei no cinema.

 Mas como sempre, nada que eu planejo dá certo, pois no intervalo a loira veio enfurecida em minha direção, e saiu me arrastando até o corredor das salas de limpeza, logo depois entrando numa sala me levando junto com si, e trancando a porta.

– Ok, comece a se explicar! – Ela disse grossa, cruzando os braços e fitando-me com raiva. – E que seja uma boa explicação pra você ter me deixado no cinema SOZINHA!

– Tudo bem, Miley... Em primeiro lugar: tenha calma.

– CALMA? – Droga. Frase errada. – VOCÊ QUER QUE EU TENHA CALMA? – Ela passou a mão pelo cabelo, numa tentativa de se acalmar, respirou fundo, e continuou falando agora mais calma: – Eu to tentando me controlar pra não arrancar cada dente da sua boca, mas fica difícil com você me pedindo pra ter calma, então se explique logo porra!

– Ok, ok... – Eu suspirei. Iria usar a desculpa que já tinha planejado. E por favor, que dê certo. – Depois que eu sai do cinema, eu fui ajudar a Selena, mas acabei indo embora, por que comecei a me sentir mal. Muito mal mesmo, Miley, eu passei a noite inteira acordado, se você quer saber... Eu acho que peguei uma virose, sei lá, mas graças a Mandy e os remédios dela, eu consegui me recuperar pra vir pro colégio.

 E pronto. A expressão dela antes de raiva, agora se deu lugar para uma de pena.

 BINGO!

 Bieber, você é um cara extremamente inteligente...

 Ou talvez ela seja burra demais, mesmo.

– Oh Justin, me perdoa... Eu pensei por um segundo que você tinha saído com a Gomez, e me deixado lá sozinha. – Ela riu, negando com a cabeça. – Eu havia me esquecido que você não é assim.

– Claro que não, Miley! A única garota que eu penso, e quero estar perto é você! – Sorri de canto, a vendo sorrir também e se aproximar de mim.

– Você é o melhor namorado de todos, sabia? – Ela depositou um selinho em meus lábios, e eu não conseguia pensar em mais nada a não ser em Selena. A desculpa dela até que me ajudou bem.

– Obrigada. Você também é a melhor de todas, Miley. – Respondi, vendo-a sorrir, e logo depois vir me beijar.

 Eu não poderia fazer mais nada, então ficamos nesses amassos por alguns minutos, até ouvirmos o sinal bater, e sairmos em disparada até a sala de aula.

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 Só consegui ver Selena no treino depois das aulas. Sorte que treinávamos no mesmo lugar, se não eu não veria ela ainda hoje.

 Porém, eu não podia nem pensar em me aproximar dela agora que eu e Miley estávamos “de volta”.

 Depois do treino, fui pra casa, e fui diretamente pro chuveiro. Tomei um banho demorado, e depois me joguei na cama. Não tinha dormido à noite, e o treinador tinha pegado pesado já que o jogo seria na sexta, precisávamos estar preparados, e eu estava morto de cansaço. Então logo adormeci.

 ( Pov Selena )

 Eram exatamente 18hrs. Minha mãe tinha saído de casa, para ir ao seu escritório, e de lá iria a um jantar de negócios, ou seja, eu tinha algumas horas para ficar sozinha. Ou especificamente falando, sozinha com o Justin.

 Sai do chuveiro, e me vesti rapidamente. Peguei   meu celular, e sai de casa.

 Atravessei a rua, e atravessei o jardim da casa do Bieber, dando a volta para entrar pelos fundos. Havia um vaso, pendurado no alto ao lado da porta. E em baixo desse vaso, uma chave pra entrar na casa dele. ( Ele havia me mostrado isso uma vez ) peguei a chave, abri a porta, e entrei.

 As luzes estavam todas apagadas, mas eu sabia que ele estava em casa, pois vi quando ele chegou.

 Passei pela cozinha, e subi as escadas indo ao segundo andar. Vi que a porta do quarto dele estava entre-aberta, então entrei.

 E lá estava ele! Deitado na cama, dormindo, sem camiseta, e só com uma Box branca. – Ele estava com um lençol por cima dele, mas dava pra ver mesmo assim -.

 Puta merda! Mesmo dormindo ele não cansa de ser lindo, ai.

 Ok Selena, respire.

 Eu não iria acorda-lo. Seria cruel demais, e ele estava tão fofo dormindo.

 Suspirei pesadamente, e me sentei na cama, ficando ao seu lado.  E apesar de ser besteira, eu me peguei observando-o. Fiquei alguns segundos assim, até que eu não me contive... Acariciei seu rosto, e baguncei seus cabelos de leve. Mas parei de fazer isso, no segundo que ele sussurrou meu nome.

 Ele ainda estava dormindo, mas ele havia sussurrado meu nome!

 Então ele pensa em mim, mesmo quando esta dormindo?

 Awwwwn.

 Ok, não.

 Me levantei da cama, e decidi sair do quarto.

 Fui até a cozinha, e abri a geladeira, tirando de lá um pote de sorvete logo depois. Me servi um pouco, e fui comendo, ficando perdida em pensamentos durante uns demorados minutos. Até que ouvi meu celular tocar...

 Eu havia esquecido ele no quarto do Justin.

- Droga! – Murmurei, largando o sorvete na cozinha, e subindo as escadas correndo até o quarto de Bieber.

  Ao adentrar lá dentro, ele estava de pé,  agora com uma Box preta, e com uma toalha em mãos secando o cabelo que estava molhado. E na outra mão, o meu celular.

 Oh deus! Uma Box preta... Uma Box preta! Ele realmente quer me matar!

- Finalmente você apareceu! – Ele disse com um ar de riso, enquanto me entregava o meu celular, e jogava sua toalha longe, me fazendo sair do transe que sua Box me causava.

- Eu, hnm... – Peguei meu celular, e o coloquei em qualquer canto que avistei, voltando a olhar pra ele que continha um sorriso doce no rosto. – Como você sabe que eu estive aqui?

- Quer dizer além de você ter esquecido seu celular aqui, e deixado seu perfume impregnar no meu quarto todo? – Eu ri de sua observação, e assenti. – Então... O que veio fazer aqui, Sel? – Ele veio se aproximando de mim. Engoli em seco. Nunca é bom quando ele se aproxima com esse sorrisinho sacana no rosto. Eu já sentia minhas mãos suarem frio, e meu coração bater mais rápido.

- Eu queria te ver... – Admiti, mordendo o lábio inferior. – Mas você estava dormindo, e eu não queria te acordar ...

- Queria que tivesse me acordado. – Disse, se aproximando ainda mais de mim, até que ficamos finalmente a poucos centímetros um do outro, e ele envolveu suas mãos ao redor de minha cintura, me puxando mais pra si, e me causando rápidos arrepios em meu corpo.

- Belas penas. – Ele disse, com um sorriso malicioso no rosto.

- Eu que o diga. – Respondi, fazendo-o rir.

 Ele encostou seus lábios ao pé de meu ouvido, e sussurrou:

- Você sentiu minha falta?

 Apesar do êxtase do momento, eu consegui respondê-lo:

- Talvez eu tenha sentido...

 Ele me olhou com um meio sorriso no rosto, e só então eu percebi que ainda continuava imóvel.

- Justin, eu ...

- Não fala nada, ta? – Ele me cortou. E foi até bom, porque nem eu sabia o que iria dizer, pois no segundo seguinte seus lábios se conectaram com os meus, dando inicio a um beijo.

- Hmm, sorvete... – Ele sussurrou rindo, em meio a um sorriso entre os beijos. Eu assenti, não querendo dizer mais nada.

 O beijo se tornou ofegante rapidamente, e ele me pegou no colo, me fazendo entrelaçar minhas pernas ao redor de sua cintura, e envolver meus braços em sua nuca, puxando-o mais pra mim.

- Esse seu vestido me tira do sério! – Ele admitiu sussurrando, e eu sorri vitoriosa por isso.

 Ele me carregou até a sua cama, logo depois me deitando nela, e ficando por cima de mim. Eu voltei a envolver minhas mãos em sua nuca, com uma arranhando o local, e a outra bagunçando seus cabelos.

 Ele rapidamente abriu o zíper do meu vestido, tirando-o do meu corpo com pressa o jogando longe, e murmurando logo em seguida:

- Desculpa, eu não to com paciência pra delicadeza.

- Ôtimo, nem eu. – Respondi ofegante, vendo-o rir e voltar a me beijar.

 Eu já sentia claramente o tamanho de sua excitação por entre minhas pernas, e eu já me encontrava no mesmo nível, sentindo minha calçinha se umedecer a cada toque seu. Sua mão percorria por minhas coxas, e voltavam para minha bunda.

 Depois ele as direcionou para o fecho do meu sutiã, abrindo-o, e o jogando pra longe.

 Ele massageava meus seios com uma de suas mãos, me fazendo arfar de prazer, enquanto eu descia minhas mãos para a alça de sua Box, descendo-a com os meus pés logo em seguida.

 Ele parou o beijo, e desceu minha calçinha também, logo depois tirando-a. Ele tateou com pressa pela escrivaninha ao lado da cama, deixando algumas coisas caírem no chão, até achar uma camisinha, e eu ri pela sua pressa. Ele a vestiu, e logo depois eu o puxei novamente para beijá-lo.

 Segundos depois, eu senti seu membro me invadir, e no mesmo minuto cruzei as minhas pernas ao redor de sua cintura, aproveitando a sensação. Minhas mãos de sua nuca, foram ás suas costas, como de costume arranhando o lugar. E ele apoiou uma das mãos em minha cintura, deixando a outra apoiada na cama para segurar seu peso contra mim.

 Gemíamos o nome um do outro, e a minha excitação só aumentava com tudo isso. Não demorou muito, e chegamos ao ápice, dessa vez juntos. Ele caiu na cama, ao meu lado, e a única coisa que foi ouvida foram nossas respirações.

- É, eu acho que senti sua falta. – Admiti, quando nossas respirações voltaram ao normal, ouvindo uma risada dele em resposta.

- Eu sabia que sim... – Convencido, puf.

 Ele puxou o lençol, e nos cobriu, me puxando por trás pela cintura, me fazendo aconchegar a cabeça em seu ombro. Senti minhas pálpebras ficarem pesadas...

- O que vai fazer quando acordar? – Ouvi ele perguntar com a voz rouca, e baixa.

 Por favor Bieber, não me faça ir a loucura de novo.

- Vou embora. – Respondi, sentindo minha voz sair arrastada pelo cansaço.

- Não vai... – Ele pediu, agora se ajeitando na cama e fitando-me. – Por favor.

- Vou pensar no seu caso. – Disse arrastadamente, com um sorriso de lado no rosto.

- Vai pensar com carinho?

- Se você parar de ser tão careta, talvez eu pense. – Ele riu assentindo, e voltou a se deitar, me fazendo deitar minha cabeça de volta em seu ombro, enquanto ele mexia em meus cabelos.

- Nos falamos quando você acordar, Sel ...

 E foi a última coisa que eu ouvi ele dizer, pois no segundo depois eu me permiti fechar meus olhos.

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  Acordei, e não vi ninguém ao meu lado. Me levantei da cama meio desnorteada, e peguei minhas roupas do chão logo depois vestindo-as. Senti um cheiro de comida vindo da cozinha, e sai do quarto indo pra lá. Eu estava morrendo de fome, e pelo cheiro parecia ser algo bom.

  Ao adentrar na cozinha, avistei Bieber de costas pra mim, cozinhando. Pelo menos agora ele estava vestido decentemente... Digo, da cintura pra baixo. Pois ele estava sem camisa.

 Oh deus, obrigada.

 Os cabelos dele pareciam estar ainda desalinhados pela bagunça que eu fiz minutos atrás, e eu imaginei que ele nem devia ter notado o quão lindo ele se encontrava nesse estado.

- Dormiu bem? – Ele perguntou, ainda de  costas.

- Hnm, sim. O que está fazendo? – Me pus ao seu lado, e ele apenas sorriu de canto pra mim.

- Panquecas! – Ele se virou pra mim, me segurando pela cintura, e aproximou nossos rostos. – Já se decidiu se vai ficar, ou vai embora? – Por favor, panquecas são golpe baixo.

- Vou ficar. – Respondi, logo depois vendo um sorriso se abrir em seus lábios, me fazendo sentir arrepios pelo corpo. Ele depositou um selinho em meus lábios, e depois me soltou com delicadeza  voltando a fazer o que estava.

- Espero que você saiba cozinhar. – Disse, ouvindo uma risada dele logo em seguida.

- Por favor, eu sou Justin Bieber. Eu sei fazer de tudo! – Agora eu quem ri de seu argumento.

- Ok, ‘Sr.Faz-Tudo!’ – Abri aspas, enquanto ele revirava os olhos. – Tomare que estejam gostosas, se não você não vai ter sobremesa.

  Ele me fitou, com um sorriso sacana no rosto, e eu voltei a rir.

- Então eu que cozinho, mas é você quem me dá sobremesa? – Eu assenti, e ele passou as mãos pelo cabelo ainda sorrindo. – Também espero que a sua sobremesa esteja boa. – Safado.

- Oh, você não sabe? – Fiz tom de indignação. - Tudo que eu faço é bom, Bieber! – Rimos juntos, até que ele voltou a prestar atenção nas panquecas.

 Em poucos minutos, elas já estavam prontas.

 Nos sentamos na mesa, e nos servimos. Ele me observou dar a primeira mordida, e sinceramente eu não posso negar, e nem fingir que estavam ruins, porque estavam maravilhosas.

- Isso ta absolutamente ...

- Delicioso? – Ele me cortou, sorrindo de canto. – É, eu sei...

- Idiota! – Xinguei-o brincando. Começamos a comer.

 Trocávamos algumas palavras, ríamos um pouco, estava parecendo tudo absolutamente normal. Normal de mais, como se já fossemos grandes amigos, ou apenas um casal qualquer. Ignorei essas ipóteses, e voltei a falar:

 – Mas sério, você vai ter que cozinhar mais vezes pra mim. – Levei a nossa louça pra pia, e comecei a lavar.

- Sério? Eu sei que você amou, mas cozinhar mais vezes pra você ia ser como ter que cozinhar todo dia... E ah, eu dispenso isso.

- Nha, por que? – Fiz bico, e logo senti meu corpo se estremecer, quando ele me abraçou por trás, e disse com uma voz suave em meu ouvido:

- Hnm, porque eu iria querer te levar pra comer fora algumas vezes. Te pagar um jantar, um café no Starbucks... Ia ser muito melhor se saíssemos juntos, não acha? – Eu pensei em negar. Ou até mesmo mudar de assunto, mas com ele tão próximo assim de mim, dizendo essas coisas em meu ouvido me fazia perder a cabeça.

 Me virei pra ele, ficando de frente á si, e eu prendi a respiração por um minuto, antes de tomar coragem para falar:

- Justin, isso não vai acontecer.

 Ele pareceu não ter me ouvido, pois no segundo depois de eu terminar a frase, seus lábios tocaram os meus, e sem demora dando inicio a um beijo que eu não pude negar. Logo eu me vi com as mãos ao redor de seu pescoço, aproximando-o mais de mim.

 Eu não tinha forças para sair de perto dele, e nem forças para continuar tão próxima. Eu não queria que ele pudesse me beijar, me fazer perder a cabeça na hora que quisesse, mas parecia inevitável. Eu começará a me sentir fraca, e vulnerável perto dele... Igual á antes.

 Ele parou o beijo, e me olhou nos olhos de modo doce. Mas seus olhar estava triste também, como se ele fosse desmoronar.

- Eu sou louco por você. Esse é o modo como eu me sinto. – Ele tirou uma de suas mãos de minha cintura, e acariciou meu rosto. – Você diz coisas que não sente, e eu fico imaginando porque você não pode ser sincera comigo, como eu sou com você. – Ele suspirou. E eu começará a sentir que cada palavra que ele dizia me doía o coração. Eu desviei meu olhar do dele, numa tentativa em vão, pois no mesmo segundo, com delicadeza, ele virou meu rosto me fazendo olhar novamente em seus olhos. – Só me olhe nos olhos, e seja sincera consigo mesma e comigo...  Me diga que você não sente nada por mim. Se você disser, eu te deixo em paz. Pra sempre.

 Segundos se passaram, e milhões de respostas negativas se passaram pela minha cabeça. Não desfazíamos o contato visual, nem se quiséssemos. Eu queria negar, dizer que eu não sentia absolutamente nada por ele, mas eu simplesmente não conseguia. Porque essa não era a verdade. E eu não conseguia olhar em seus olhos, e mentir. E parte de mim, também não queria mentir, e deixar que ele fosse embora.

 Sem mais pensar, o puxei pela nuca, e o beijei. Ele não ousou recuar, então me abriu passagem, nos dando inicio a um beijo doce, como se fosse em sentido de minha resposta.

 Eu não podia deixá-lo ir embora. Podia até ser egoísmo de minha parte, mas eu já sentia o vazio dentro de mim só de pensar na possibilidade.

- Essa foi sua sobremesa. – Disse, quando o beijo acabou, numa tentativa de amenizar a situação que havia ficado entre nós segundos atrás, e ambos sorrimos.

- Hm, até que foi boa. – Ele respondeu, me fazendo revirar os olhos rindo.

- Tão boa quando as suas panquecas? – Mordi o lábio inferior, e ele negou com a cabeça.

- Nhé, acho que não. – Eu fiz bico, e ele continuou: - Talvez se me der dessa sobremesa de novo...

 E então eu o cortei na fala, e voltei a beijá-lo, sentindo-o sorrir entre o beijo.

 Eu fui fraca. Talvez a verdade seja que eu ainda goste dele, e isso eu não consigo mais esconder. Agora eu só tinha que pensar no que eu faria á seguir ...